Tite, durante treino do Corinthians, no CT
Já virou quase uma regra. Enfrentar o Corinthians significa ficar em
posição de impedimento em muitas oportunidades. Nos dois últimos jogos,
por exemplo, os números foram altos. Os jogadores do São Paulo ficaram
por dez vezes em condição irregular, enquanto os do Fluminense ficaram
oito. A tática, porém, não se mostrou infalível. No clássico paulista,
Luis Fabiano deixou o seu e selou a vitória do Tricolor em lance no qual
a defesa corintiana parou pedindo impedimento. Na noite desta
quarta-feira, Fred também aproveitou vacilo e empatou a partida para o
Flu.
Ao analisar os números, logo se pensa e se fala no termo "linha de
impedimento". No entanto, Tite fez questão de refutar o rótulo. O
treinador usou como exemplo a seleção da Holanda de 1974. Na sua
opinião, aquela, sim, era uma linha clara na qual o sistema defensivo se
adiantava quando o adversário descia com a bola dominada.
Tite prefere dizer que o Corinthians usa e abusa de um sistema de
compactação do setor defensivo. A postura agrada ao treinador, apesar
das falhas nos últimos jogos. Para ele, isso aconteceu em função de
pequenos detalhes de posicionamento que podem ser corrigidos e também
por causa da qualidade dos adversários.
- O Corinthians faz isso há muito tempo. Isso se chama compactação, com
cobertura dos laterais. O termo linha de impedimento não se aplica ao
que realizamos. Mas eventualmente um rival de qualidade pode ter uma
vantagem. Contra o Fluminense, por exemplo, o acompanhamento não foi
veloz e acabou deixando em posição legal - explicou.
Após o empate, o Corinthians agora volta a entrar em campo no próximo
domingo, às 16h (de Brasília), contra o líder Atlético-MG, no Pacaembu.
Com 25 pontos, o Timão ocupa a 12ª colocação na tabela do Campeonato
Brasileiro.
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