Tite orienta defesa do Corinthians em treino
Tite ganhou uma dor de cabeça nos últimos dias. Ponto forte do
Corinthians no momento mais importante da temporada, a defesa não tem o
mesmo rendimento no Campeonato Brasileiro. Determinante para o Timão
obter o inédito título da Taça Libertadores, o setor passou a ser vazado
com mais frequência no torneio nacional, fazendo a média de gols
disparar.
Em 14 partidas disputadas pela Libertadores, o Alvinegro sofreu quatro
gols, somente 0,28 por confronto, uma das melhores médias da história da
competição. O rendimento foi tão impressionante que a equipe levou um
gol dia 11 de abril, diante do Nacional (3 a 1), no Paraguai, pela
primeira fase, e só voltou a ter outra bola na rede em 20 de junho, na
segunda semifinal frente ao Santos (1 a 1), no Pacaembu.
Já no Brasileirão os números aumentaram bastante. O Corinthians teve 21
bolas em suas redes em 20 rodadas, média de 1,05. Em apenas cinco
partidas o Timão saiu ileso do gramado: nas vitórias sobre Flamengo (3 a
0), Cruzeiro (2 a 0) e Internacional (1 a 0) e nos empates frente ao
Bahia (0 a 0) e ao Vasco (0 a 0).
A preocupação, aliás, aumentou nos últimos três confrontos. Primeiro,
foi batido por 3 a 2, de virada, pelo Santos, na Vila Belmiro. Em
seguida, saiu vencendo o São Paulo, mas permitiu a reação e acabou
derrotado por 2 a 1, no Pacaembu. Já no Engenhão, abriu o placar contra o
Fluminense e permitiu a igualdade nos minutos finais. Cinco gols em
apenas três duelos.
– Vínhamos bem, mas, infelizmente, em dois clássicos tomamos cinco
gols, o que não é normal. Deixamos a desejar. Vamos voltar à nossa
rotina e, futuramente, vamos ter uma das elhores defesas outra vez –
afirmou o goleiro Cássio.
Paulo André superou Wallace e ficou com a vaga de Castán
O Corinthians passou também toda a Libertadores sem sofrer mais de um
gol por partida, fato que não se repetiu no Brasileiro. São quatro
partidas em que esse número subiu: Grêmio (2 a 0) e Botafogo (3 a 1),
além dos dois últimos clássicos. Mesmo assim, a equipe tem a sexta
melhor defesa do torneio, ao lado da Portuguesa.
Desde que a Libertadores acabou, a defesa corintiana sofreu apenas uma
mudança. O zagueiro Leandro Castán foi negociado com o Roma, da Itália,
abrindo espaço para que Paulo André assumisse a vaga. Nas demais
posições, tudo igual. Alessandro na lateral direita, Chicão centralizado
e Fábio Santos na lateral esquerda.
Com o fechamento da janela para a contratação de jogadores que atuam no
exterior, o técnico Tite não deve ter nenhum reforço para a disputa do
Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão. O treinador reconhece que a
média recente não é comum, mas terá tempo para ajustar novamente a
defesa até a chegada do mais novo sonho de consumo dos alvinegros.
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