sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Após a Libertadores, média de gols sofridos pelo Timão mais que triplica

Tite no treino do Corinthians (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com) 
Tite orienta defesa do Corinthians em treino
 
Tite ganhou uma dor de cabeça nos últimos dias. Ponto forte do Corinthians no momento mais importante da temporada, a defesa não tem o mesmo rendimento no Campeonato Brasileiro. Determinante para o Timão obter o inédito título da Taça Libertadores, o setor passou a ser vazado com mais frequência no torneio nacional, fazendo a média de gols disparar.

Em 14 partidas disputadas pela Libertadores, o Alvinegro sofreu quatro gols, somente 0,28 por confronto, uma das melhores médias da história da competição. O rendimento foi tão impressionante que a equipe levou um gol dia 11 de abril, diante do Nacional (3 a 1), no Paraguai, pela primeira fase, e só voltou a ter outra bola na rede em 20 de junho, na segunda semifinal frente ao Santos (1 a 1), no Pacaembu.

Já no Brasileirão os números aumentaram bastante. O Corinthians teve 21 bolas em suas redes em 20 rodadas, média de 1,05. Em apenas cinco partidas o Timão saiu ileso do gramado: nas vitórias sobre Flamengo (3 a 0), Cruzeiro (2 a 0) e Internacional (1 a 0) e nos empates frente ao Bahia (0 a 0) e ao Vasco (0 a 0).

A preocupação, aliás, aumentou nos últimos três confrontos. Primeiro, foi batido por 3 a 2, de virada, pelo Santos, na Vila Belmiro. Em seguida, saiu vencendo o São Paulo, mas permitiu a reação e acabou derrotado por 2 a 1, no Pacaembu. Já no Engenhão, abriu o placar contra o Fluminense e permitiu a igualdade nos minutos finais. Cinco gols em apenas três duelos.

– Vínhamos bem, mas, infelizmente, em dois clássicos tomamos cinco gols, o que não é normal. Deixamos a desejar. Vamos voltar à nossa rotina e, futuramente, vamos ter uma das elhores defesas outra vez – afirmou o goleiro Cássio.
Paulo André Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr./ Agência Corinthians) 
Paulo André superou Wallace e ficou com a vaga de Castán
 
O Corinthians passou também toda a Libertadores sem sofrer mais de um gol por partida, fato que não se repetiu no Brasileiro. São quatro partidas em que esse número subiu: Grêmio (2 a 0) e Botafogo (3 a 1), além dos dois últimos clássicos. Mesmo assim, a equipe tem a sexta melhor defesa do torneio, ao lado da Portuguesa.

Desde que a Libertadores acabou, a defesa corintiana sofreu apenas uma mudança. O zagueiro Leandro Castán foi negociado com o Roma, da Itália, abrindo espaço para que Paulo André assumisse a vaga. Nas demais posições, tudo igual. Alessandro na lateral direita, Chicão centralizado e Fábio Santos na lateral esquerda.

Com o fechamento da janela para a contratação de jogadores que atuam no exterior, o técnico Tite não deve ter nenhum reforço para a disputa do Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão. O treinador reconhece que a média recente não é comum, mas terá tempo para ajustar novamente a defesa até a chegada do mais novo sonho de consumo dos alvinegros.

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