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momento decisivo16 do 2º tempoLuis Fabiano recebe ótimo passe de Jadson, dribla Cássio e bate cruzado para marcar o seu segundo gol no clássico e decretar a vitória tricolor.
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arbitragemW. SenemeÁrbitro controlou o clássico, aplicou bem os cartões, mas não conseguiu sair livre de polêmica: corintianos reclamaram pênalti não marcado de Tolói em Sheik.
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deu erradoLinha 'burra'O Corinthians, acostumado a fazer a linha de impedimento, conseguiu deixar Luis Fabiano na banheira oito vezes. No único vacilo, o atacante resolveu.
Artilheiros e decisivos, Emerson e Luis Fabiano são peças-chave de seus
times. Ambos voltaram a jogar neste domingo depois de seis partidas
fora, por contusão, e mostraram caráter decisivo. Mas no placar de gols,
deu Fabuloso. Com dois gols dele contra apenas um do Sheik, o São Paulo
quebrou incômodo jejum no Pacaembu, bateu o Corinthians por 2 a 1 e
terminou o primeiro turno na quinta posição do Campeonato Brasileiro,
com 31 pontos, quatro atrás do Vasco, primeiro time do G-4. O Timão, com
24, está na 12ª posição.
Fabuloso se recuperava de um estiramento na coxa esquerda, sentiu o
cansaço em alguns momentos, mas foi perfeito nas duas chances que teve
de marcar. Acabou sendo decisivo para acabar com o fantasma da casa
corintiana. No Pacaembu, o Tricolor não vencia desde uma goleada por 5 a
1, em 2005. Até então, de lá para cá, seis vitórias consecutivas do
Timão no estádio.
Emerson abriu o placar no início do primeiro tempo, mas cansou junto
com o time no segundo tempo. Tite tentou uma pressão final, sem efeito.
Com duas derrotas nos dois clássicos finais do primeiro turno (3 a 1
para o Santos e 2 a 1 para o São Paulo), a equipe estacionou na tabela. O
pensamento está no Mundial de Clubes, claro, mas o torcedor espera uma
melhora no segundo turno do Brasileirão.
O Corinthians volta a jogar na próxima quarta-feira, quando enfrenta o
Fluminense, às 22h (de Brasília), no Engenhão. Na quinta, o São Paulo
recebe o Botafogo, às 21h, no Morumbi.
Blitz alvinegra, empate fabuloso
Esperançoso, o São Paulo tinha seu trio de protagonistas juntos pela
primeira vez em 2012: Rogério Ceni, Lucas e Luis Fabiano. E só. O
Tricolor, acuado, sofreu com o jogo coletivo, o toque de bola rápido e,
principalmente, a enorme pressão do Corinthians, que marcava
implacavelmente as saídas de bola. Mérito para o técnico Tite, que
incutiu tão bem essa característica nos atacantes corintianos. Desde o
primeiro minuto, sufoco para cima de Rafael Toloi e Rhodolfo, além dos
improvisados Paulo Miranda, na lateral direita, e Douglas, na esquerda.
Lucas e Ralf disputam bola no meio-campo
Em 15 minutos, o Timão poderia ter construído uma goleada, tamanha a
superioridade demonstrada em campo. Um dos principais méritos desse
Corinthians versão 2012 é que ele sabe resolver um jogo em poucos
toques. Aos cinco, Paulinho avançou a marcação, roubou de Paulo Assunção
e deixou Emerson na cara do gol. Decisivo, o Sheik tirou de Rogério
Ceni e fez 1 a 0.
Depois do gol, foram mais cinco finalizações perigosas, todas chances
reais de gol. Rogério Ceni salvou uma, Douglas tirou outra em cima da
linha, e o jogo de um time só se desenhava. O problema é que um clássico
como o Majestoso não permite tantos vacilos. Apesar de jogar bem
melhor, o Timão não foi feliz nas finalizações, e a vantagem magra
deixou o jogo indefinido.
Ney Franco inverteu seus laterais, colocou Douglas na direita, sua
posição de origem, e deslocou Paulo Miranda para a esquerda. Aí a
marcação encaixou, a pressão diminuiu, e o Tricolor começou a jogar
futebol. A primeira metade do jogo serviu de aprendizado, e o São Paulo
usou tática semelhante à do rival para buscar o empate. Aos 23, cenário
idêntico ao do Timão: roubada de bola, toque para o artilheiro e gol.
Lucas puxou o contra-ataque e deixou Luis Fabiano na cara de Cássio: 1 a
1, e oitavo gol do Fabuloso no Brasileirão.
Em minoria no Pacaembu, os cerca de dois mil são-paulinos começaram a
se empolgar. Um desavisado comemorou no meio da torcida do Corinthians,
nas numeradas, e teve de sair do local em que estava sentado. O time
tricolor teve mais chances, com Maicon, que finalizou para fora, e
Douglas, que apareceu com liberdade na área após bela jogada de Lucas. O
Corinthians continuou no comando da partida, mas num ritmo bem mais
lento, talvez guardando gás para o segundo tempo. Bom para o Tricolor,
que conseguiu respirar um pouco mais aliviado.
“Bolt” decide mais uma vez
Há seis partidas fora do time, Luis Fabiano apostou em uma estratégia
arriscada para tentar furar o bloqueio corintiano. Ele sempre se colocou
entre os zagueiros Chicão e Paulo André, buscando uma falha na linha de
impedimento para aparecer livre na cara de Cássio. Nas primeiras sete
tentativas, a bandeirinha assinalou irregularidsde, parando as jogadas.
Mas o Fabuloso continuou se guardando por ali, à procura da brecha.
Do lado corintiano, Tite substituiu Douglas, que jogava gripado, e
lançou Martínez no segundo tempo. O argentino caiu pelo lado esquerdo, e
Danilo passou para a armação no meio-campo. Com um ritmo diferente,
mais cadenciado, o Timão parou de levar perigo a Rogério Ceni. A jogada
mais aguda foi com Emerson Sheik, que dividiu com Rafael Toloi dentro da
área, levou a pancada, mas o árbitro Wilson Luiz Seneme deixou o jogo
seguir.
Luis Fabiano imita Usain Bolt na comemoração do segundo gol tricolor
Aquela pressão dos 15 minutos iniciais teve um preço alto para o
Corinthians. O time cansou, abriu espaços e passou a errar. Aos 16, na
oitava tentativa de deixar Luis Fabiano em impedimento, a zaga falhou, e
o centroavante tricolor disparou em velocidade, em posição legal. Como
um raio, deu uma meia-lua em Cássio e finalizou para o gol vazio. Com
tanta correria, o homenageado não poderia ser outro: Fabuloso imitou o
gesto característico do velocista jamaicano Usain Bolt, campeão olímpico
nos 100m e 200m rasos.
No mesmo estilo Bolt, Lucas apareceu mais pelo lado direito do ataque,
aproveitou o cansaço de Paulo André e fez boas jogadas em cima do rival.
A torcida corintiana empurrou, mas o gás acabou cedo demais dentro de
campo. Boas jogadas, só pelo alto. Por ironia, foi o baixinho Romarinho
quem aproveitou as duas melhores chances por cima, mas parou em Rogério
Ceni. Mas a tarde era fabulosa e tricolor: o São Paulo acabou com o
jejum do Pacaembu e se aproximou do G-4 do Brasileirão.
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