Mesmo depois da conquista da tão sonhada Taça Libertadores, o
Corinthians continua sofrendo com velhos problemas. Enquanto o argentino
Martinez e o peruano Guerrero correm contra o tempo para se adaptar ao
clube e confirmar a expectativa da diretoria, o Timão já igualou seu
pior rendimento ofensivo na temporada.
Com o empate por 1 a 1 diante do Atlético-GO, anotado por Paulinho, a
equipe alvinegra acumula oito partidas sem nenhum gol feito por
atacantes. A última bola na rede de um atleta do setor de frente foi no
dia 8 de julho, quando Liedson, hoje no Flamengo, marcou na igualdade
diante do Sport, na Ilha do Retiro.
Guerrero e Martinez, em treino do Corinthians
Curiosamente, o Corinthians já havia passado por situação semelhante
entre o início do Brasileirão e o mata-mata da Libertadores. Foram oito
duelos de jejum dos atacantes. Willian fez na eliminação do Paulistão
contra a Ponte Preta, em 22 de abril, e Emerson quebrou a série ruim em
13 de junho, frente ao Santos, na Vila Belmiro, pelas semifinais do
torneio sul-americano.
Neste novo período de jejum, quem vem brilhando é o meia Danilo, com
três gols. Ele é seguido de perto por Chicão, Douglas e Paulinho, todos
com dois. O meia lidera também a artilharia alvinegra na temporada, com
dez, dois acima de Paulinho e Sheik.
As boas atuações do armador não são suficiente para o bom
aproveitamento do time no Brasileiro. O Corinthians tem apenas 14 gols
marcados em 15 rodadas, média de apenas 0,93 por confronto. Por isso,
Tite já considera a possibilidade de mudar a maneira de o time atuar.
Emerson, machucado, não tem data para voltar
– Toda a equipe tem responsabilidade de defender e atacar. Seria
preocupante se a equipe não fizesse gols. Não importa se são atacantes
ou defensores que façam – disse o argentino Martinez, que estreou na
última quarta-feira.
Os gringos, aliás, são as grandes apostas do treinador para inverter o
quadro. O Timão abriu o cofre para contratá-los, mas quer paciência para
que eles se adaptem e consigam atuar em alto nível visando o Mundial de
Clubes, em dezembro, no Japão.
– O Corinthians não tem individualidades. Por isso, foi campeão da
Libertadores. É um clube que ganhou de todos os outros jogando como
equipe – finalizou o argentino.
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