Aos poucos, bem aos poucos, o meia Danilo
foi caindo no gosto da torcida corintiana. A cada gol decisivo, seu
espaço ia crescendo entre os alvinegros. A resistência por causa do
passado são-paulino caiu de vez na conquista da Taça Libertadores, ano
passado. Nesta quarta-feira, a conquista da Recopa Sul-Americana
justamente em cima do rival o fez se tornar, de vez, mais alvinegro do
que tricolor.
Explica-se: até esta noite no Pacaembu, Danilo tinha exatamente os
mesmos títulos por Corinthians e São Paulo, clube que defendeu entre
2004 e 2006. Um Campeonato Paulista, um Brasileiro, uma Taça
Libertadores e um Mundial de Clubes. Antes mesmo da decisão, porém, o
meia já mostrava para qual lado estava inclinado:
- Sou corintiano até a morte, vou até o final com isso.
Danilo chuta para superar Rogério Ceni, saído, e fazer o segundo gol do Corinthians
Em campo, ele justificou a frase com muita dedicação e o caráter
decisivo já conhecido pela torcida corintiana. O gol que sacramentou o
título da Recopa não poderia ter outro autor. Insistente, Danilo
cabeceou, viu Rogério Ceni defender, mas pegou a sobra e fuzilou para as
redes.
Na comemoração, o sempre calmo Danilo extravasou, pulou as placas de
publicidade e foi saudar a torcida que lotou o Pacaembu.
Definitivamente, mais um louco para o bando. Um louco que integra o
clube desde 2010 e, com a taça da Recopa, alcançou o reconhecimento
definitivo com a camisa alvinegra.
- Está todo mundo de parabéns. Era o título que faltava pra gente.
Nossa equipe jogou melhor os dois jogos e mereceu vencer - disse o meia,
que soma 24 gols em 184 jogos pelo Timão.
Danilo acabou levando o prêmio de MVP ("Most Valuable Player" -
"jogador mais valioso") da Recopa. Ganhou o equivalente a 10 mil dólares
do patrocinador da competição.
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