Corintianos permanecem na penitenciária de San Pedro, em Oruro
O presidente do Corinthians, Mário Gobbi, dedicou o título da Recopa Sul-Americana
aos cinco torcedores que continuam presos em Oruro devido à morte de
Kevin Douglas Beltrán Espada, garoto boliviano de 14 anos vitimado por
um sinalizador atirado na partida entre San José e Timão, pela estreia
da Libertadores da América, no dia 20 de fevereiro. O caso deverá ter
novidades ainda nesta semana: a expectativa da defesa é que todos sejam
libertados na próxima sexta-feira.
Os advogados de defesa estão otimistas em relação ao caso.
Representantes da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do
clube, já foram enviados à Bolívia para providenciar detalhes da
logística caso os torcedores realmente sejam liberados da Penitenciária
de San Pedro. Davi Gebara Neto, advogado da uniformizada, vem
trabalhando no caso desde o início e acredita que o problema está perto
de ter um fim.
– Pelo que eu conversei com pessoas de lá (Oruro), eles serão
libertados na sexta-feira. A tendência é que voltem ao Brasil
imediatamente. É difícil falar como tudo vai funcionar, já que a justiça
boliviana não funciona como a nossa, mas nossa postura é de otimismo –
afirmou Gebara, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.
Além dele, Ricardo Cabral também trabalha como advogado dos torcedores.
Os representantes acreditam que não há qualquer fundamento judicial
para que os cinco sejam mantidos em Oruro, após a libertação dos outros
sete inicialmente presos junto a eles. A revolta maior é o fato de o
menor H.A.M., de 17 anos, ter admitido o disparo que matou Kevin Espada
e, ainda assim, nada ter sido alterado no processo.
Há exatamente uma semana, no dia 11, aproximadamente 50 torcedores
fecharam parte da Avenida Paulista, uma das principais vias de São
Paulo, para protestar contra a manutenção dos cinco na Penitenciária de
San Pedro. Sob a ótica dos representantes da Gaviões da Fiel, atualmente
os corintianos são mantidos “sequestrados”, uma vez que não há
respostas da justiça local sobre o andamento do processo.
Os cinco corintianos que continuam detidos na Bolívia são Cleuter
Barreto Barros, Leandro Silva de Oliveira, José Carlos da Silva Júnior,
Marco Aurélio Nefreire e Reginaldo Coelho. Eles ainda aguardam
posicionamento da justiça boliviana, que tem como prazo máximo de prisão
preventiva o período de seis meses. Assim, a situação deve ser
resolvida até o dia 20 de agosto. Os torcedores estão detidos há 147
dias.
Em nota oficial divulgada quando os outros sete torcedores conseguiram a
liberação, o Corinthians prometeu “força e engajamento para que todos
os outros cinco alvinegros tenham seus direitos respeitados”.
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