-
destaqueSheikNo banco de reservas, Emerson Sheik entrou aos 26 minutos do segundo tempo, no lugar de Chicão. E, dois minutos depois, fez o gol da vitória.
-
públiconoite cheiaSábado à noite também é de futebol para os corintianos. Foram registrados 24.449 pagantes no Pacaembu, para uma renda de R$ 759.630,50.
-
história200 jogosRalf completou neste sábado a marca de 200 partidas com a camisa do Timão e ainda teve de segurar as pontas como zagueiro no fim do jogo.
Emerson Sheik é um desses sujeitos que parece ter nascido com algo
mais, uma luz, um instinto, algo que o faça sempre superar os momentos
mais difíceis. Barrado para a partida deste sábado contra a Ponte Preta,
no Pacaembu, o atacante não se abateu. Entrou no segundo tempo,
incendiou a partida e deu a vitória por 1 a 0 sobre a equipe de
Campinas, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O golaço aos 28
do segundo tempo representou o primeiro triunfo corintiano na
competição.
O resultado leva o Corinthians aos cinco pontos na tabela e dá mais dor
de cabeça ao técnico Tite, que tirou Emerson para promover uma mudança
de esquema tático – com Pato e Guerrero mais centralizados no ataque.
Deu até certo no primeiro tempo, mas sem gols. Quando o comandante tirou
o zagueiro Chicão e lançou Sheik, a história mudou.
A Ponte permanece com três pontos, mas com um time que tem muito a
evoluir e dar trabalho aos rivais. Foi a primeira derrota fora de casa
na temporada, e a Macaca ainda viu quebrada uma invencibilidade de cinco
jogos contra o Timão no Pacaembu. As várias chances perdidas impediram
um resultado melhor.
As duas equipes voltam a campo na próxima quarta-feira. A Ponte recebe o
Atlético-PR às 21h, no Moisés Lucarelli, enquanto o Timão enfrenta o
Cruzeiro às 22h, em Sete Lagoas.
Chutes de longe não resolvem
Se Alexandre Pato e Paolo Guerrero estiverem em bons momentos ao mesmo
tempo, parece fácil dizer que o esquema tático com dois meias e dois
atacantes mais centralizados é aquele que pode dar mais frutos ao
Corinthians. Titulares juntos após dois meses, os dois mostraram
entrosamento com tabelas curtas que abriram a defesa da Ponte.
No entanto, só Pato estava inspirado, em boas arrancadas pelo lado
direito, dribles certeiros e chutes a gol – exatamente o que Tite havia
pedido à equipe. Guerrero parece mais incomodado com o jejum de sete
jogos sem marcar - mesmo período do companheiro de ataque. Muito
nervoso, o peruano brigou demais com os zagueiros rivais.
E o Corinthians teve bons 20 minutos, sempre apostando nas finalizações
de longe, colocando em prática o exaustivo treino do fundamento
realizado na sexta-feira. Quem chegou mais perto do gol foi Ralf, em
chutaço que exigiu ótima defesa de Edson Bastos – o volante até merecia o
golaço como presente pelos 200 jogos com a camisa do Timão.
Pouco a pouco, os corintianos foram esbarrando na ansiedade pelo gol e
no bom posicionamento tático da Ponte, que teve até mais chances de
abrir o placar graças a contra-ataques que buscavam Fernando, Chiquinho e
Rildo, todos rápidos pelos lados do campo. Cássio fez duas defesas
difíceis que evitaram gols da Macaca. Foram os lances que mais
empolgaram a torcida que quase lotou o Pacaembu, mesmo às 21h de um
sábado.
Do banco à salvação
Sem alterações, o Timão teve de aguentar a pressão da Ponte no início
do segundo tempo. Logo com um minuto, bola na trave de Chiquinho.
Depois, Cássio teve de trabalhar um pouco mais em cobrança de falta de
Artur. O técnico Guto Ferreira sentiu que o momento era bom e não quis
saber: mandou todo mundo ao ataque, num princípio de blitz dentro do
Pacaembu, que a Macaca considera sua casa – nenhuma derrota nos últimos
cinco jogos até então.
O Corinthians errou muito, mais uma vez. Douglas entrou para dar mais
qualidade ao passe, mas não foi o mesmo que brilhou contra o Goiás,
quarta-feira passada. Com Cléber e Ferron na defesa, a Ponte estava
segura para manter o empate. Cicinho, em outro contra-ataque, até perdeu
um gol inacreditável, sem goleiro. Sorte dele que o impedimento já
havia sido marcado.
Sem tantas alternativas, Tite chamou Emerson Sheik, o mesmo que havia
sido barrado para a entrada de Pato. Quando o atacante entrou no lugar
de Chicão, zagueiro, parte da torcida se assustou com a “loucura” do
comandante. Sheik entrou aos 26 minutos ligadíssimo, acendeu o ataque
corintiano e partiu para cima, do jeito que gosta.
Aos 28, o resultado: drible seco em Rodrigo Biro e chute cruzado sem
chances para Edson Bastos. Placar aberto no Pacaembu, festa dos mais de
24 mil pagantes e redenção para Sheik. Mais uma vez, nas horas difíceis,
o herói corintiano da Taça Libertadores do ano passado apareceu.
Primeira vitória para o Timão no campeonato. Derrota nem tão amarga para
a Ponte, que tem time para dar muito trabalho nesta competição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário