Rosenberg: Itaquera é símbolo da reconstrução
Dois gigantes do futebol brasileiro entram em campo neste domingo sonhando com uma certa taça que terá um gostinho especial de redenção após terem vivido a pior fase de suas histórias. Corinthians e Vasco sentiram na pele o sabor amargo de um rebaixamento para a Série B. O Timão caiu em 2007, o Cruz-Maltino, em 2008. Os dois conseguiram voltar à elite e se reerguer com a bola no pé e a cabeça nas grandes ideias.
Neste domingo, um dos clubes dará a justíssima volta olímpica. Para isso, dois personagens fora das quatro linhas tiveram atuação determinante. E quando começar, no mesmo horário, Vasco x Flamengo, no Engenhão, e Corinthians x Palmeiras, no Pacaembu, os corações do diretor de marketing corintiano Luis Paulo Rosenberg e do diretor executivo vascaíno Marcos Blanco, baterão mais forte do que o habitual.
Luis Paulo Rosenberg, 61 anos, é um dos principais personagens da reconstrução do Corinthians após o traumático rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2007. Economista renomado no mercado brasileiro e corintiano fanático, o diretor de marketing recuperou o clube com um planejamento que teve como ponto alto a contratação de Ronaldo. Depois, os títulos paulista e da Copa do Brasil de 2009 e três classificações seguidas para a Libertadores deram sequência à fase de sucesso.
Mas o maior símbolo da reconstrução corintiana, segundo o próprio Rosenberg, é o estádio em Itaquera, palco da abertura da Copa do Mundo de 2014. Mas a conquista da Libertadores, título tratado como obsessão no clube, continua sendo fundamental. O diretor considera como principal ação de marketing da gestão Andrés o programa Fiel Torcedor e deixa claro que as organizadas, geralmente tão criticadas, terão tratamento direrente, com lugares até sem assentos.
- Enquanto alguns veem as organizadas como um bando de assassinos, nós vemos como o áudio do jogo. Os jogadores dão o vídeo e a torcida dá o áudio e completa o espetáculo - afirmou o dirigente, para quem o título deste domingo seria a cereja no bolo da administração Sanches.
Blanco voltou a explorar imagem de ídolos, como Dedé
A cereja no bolo com o formato da cruz de malta também faz parte dos sonhos de Marcos Blanco, 29 anos, que chegou ao Vasco no decorrer do ano de 2009 com a missão de reconstruir o combalido marketing do clube. O administrador de empresas, já como diretor executivo, ajudou a melhorar a comunicação dos departamentos de todo o clube e agora começa a colher os frutos.
- O Vasco estava degradado, abandonado e sem comunicação. Hoje todos se comunicam, desde o presidente, passando pelos departamentos de futebol e jurídico e chegando até o mais humilde dos funcionários. O clube funciona e tudo isso foi fruto de muito trabalho - afirmou.
Por meio de parcerias, o Vasco conseguiu ter um vestiário moderno e uma sala de musculação remodelada. Fora isso, voltou a explorar seus ídolos. Com Dedé, a ideia é lançar mais produtos e projetos. Apesar da alegria com a conquista da Copa do Brasil e a possibilidade do título brasileiro, Marcos Blanco reconhece que há muito o que fazer. São Januário vai passar a ter ainda mais importância para o clube. A partir da inauguração da megaloja na Colina, novos projetos serão desenvolvidos. De qualquer forma, 2011, para o diretor, é o ano da reconstrução vascaína.
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