O Corinthians chegou pela primeira vez à segunda vitória consecutiva no
Campeonato Brasileiro ao bater o Criciúma por 2 a 0 neste domingo,
mas mal terá tempo de comemorar. Na quarta-feira, a equipe vai à Vila
Belmiro, onde enfrenta o Santos às 21h50m (horário de Brasília). Com os
desfalques de Alexandre Pato, lesionado, e Emerson, suspenso, a
tendência é que o técnico Tite não promova surpresas no time titular.
Enquanto Pato sentiu a perna direita e teve um edema ósseo constatado
após exame de ressonância magnética, Sheik recebeu o terceiro cartão
amarelo contra o Criciúma. Ele entrou somente no segundo tempo, por
conta de desgaste físico, e acabou advertido nos minutos finais por
conta de uma falta. Tite não condenou a atitude do atacante, e admitiu
que deverá manter a formação principal deste domingo contra o Santos.
– O que aconteceu com o Emerson foi de jogo, de combate. Não dá para falar nada. Acontece mesmo – avaliou o treinador.
O maior beneficiado nesse contexto foi Renato Augusto. Contratado do
Bayer Leverkusen, da Alemanha, o meia assumiu uma vaga no meio-campo do
Corinthians rapidamente no início da temporada. Prejudicado por uma
grave lesão muscular, ficou três meses afastado. Ao retornar, fraturou a
face, mas com a ajuda de uma máscara pôde ficar novamente à disposição
de Tite. A chance de provar que deve ser mantido na formação principal
chegou mais uma vez.
Nas partidas em que foi utilizado, Renato Augusto correspondeu às
expectativas do técnico e da torcida. O meia caiu nas graças da Fiel
após marcar o gol da vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, no jogo de ida
da Recopa Sul-Americana, no Morumbi. Terceira opção, ele entrou somente
após Danilo e Douglas se machucarem. Até aqui, o meio-campista acumula
21 partidas com a camisa do Corinthians, e três gols marcados.
Renato Augusto comemora seu belo gol
Questionado sobre como faria para mandar Renato Augusto de volta ao
banco de reservas após o belo gol marcado contra o Criciúma, em chute de
fora da área, Tite foi bem-humorado: sugeriu aos jornalistas que
opinassem sobre qual jogador deve deixar a formação principal para a
entrada do camisa 8. E lembrou que gosta de ter a “dor de cabeça boa”
para montar sua equipe, com diversas opções.
– Às vezes eu começo a pensar em casa uma forma original de responder
quando me perguntam porque determinado jogador está fora. Bolei uma
resposta assim: me diz quem é que eu tenho de tirar. A equipe é
fundamental. Concorrência dentro do campo é fundamental – argumentou
Tite.
– Não vou falar em nome do Renato (Augusto) ou do Danilo. Estou falando
como ideia. É muito melhor o técnico ter essa pressão, mas contar com
um grupo de qualidade. Passar para os jogadores que eles devem competir,
mas sendo leais. E que os que estão no banco, entram no momento mais
importante da partida, que é a parte final.
Se não houver imprevistos, o Corinthians começará o jogo contra o
Santos com a seguinte escalação: Cássio; Edenílson, Gil, Paulo André e
Fábio Santos; Ralf e Guilherme; Romarinho, Danilo e Renato Augusto;
Paolo Guerrero.
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