segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Promessas do ataque no Timão, garotos são blindados de 'fogueira'


Paulo Victor e Léo, jovens atacantes do Corinthians (Foto: Rodrigo Faber) 
Paulo Victor e Léo, jovens atacantes do Corinthians
 
O ataque é um dos setores com maior número de opções no Corinthians. Emerson, Guerrero, Alexandre Pato, Romarinho... Mesmo com tantas alternativas, o técnico Tite vem tendo problemas no setor ofensivo de sua equipe. Além de finalizar pouco, o Timão peca pela falta de pontaria. Apesar da má fase dos jogadores consagrados, o comandante descarta apostar em jovens recém-promovidos das categorias de base. O motivo da precaução é evitar que a torcida faça críticas precipitadas a atletas que acabaram de começar a carreira.
 
Para o ataque, são duas opções no elenco: Léo, de 18 anos, e Paulo Victor, de 20. Ambos se destacaram disputando a Copa São Paulo de Juniores pelo Corinthians, e foram chamados por Tite para trabalhar com os profissionais. Constantemente relacionados para partidas do Campeonato Brasileiro, ambos raramente entram em campo. Léo tem apenas seis jogos na equipe principal, enquanto Paulo Victor acumula dois.
 
O fato do técnico corintiano evitar a entrada  dos jovens atacantes não está relacionado à falta de experiência de ambos em relação aos concorrentes, mas sim ao temor de “queimá-los” perante a torcida. Na análise de Tite, utilizar Léo ou Paulo Victor, mesmo que por poucos minutos, poderia gerar uma reação exagerada de alguns torcedores, levando em consideração a instabilidade do Corinthians no Brasileirão.

No empate por 1 a 1 contra o Vasco, no último domingo, por exemplo, o treinador tinha Léo como opção no banco de reservas. Para não colocar o garoto em situação delicada quando o Timão buscava o gol da vitória, no segundo tempo, substituiu Paolo Guerrero pelo lateral Alessandro, e lançou Edenílson, antes responsável pela lateral direita, para função mais avançada. Se o jogo fosse de menor expressão, Tite testaria a promessa.

– O Vasco neutralizou algumas das nossas ações. Se fosse um jogo de Campeonato Paulista, eu colocaria o Léo. Mas não posso fazer isso, senão queimo o garoto. Era um clássico do futebol brasileiro. Por isso, em um caso assim, opto pelo Alessandro e faço minhas opções táticas – explicou o técnico.

O Corinthians divide o posto de segundo pior ataque do Campeonato Brasileiro atualmente com três times: Bahia, Atlético-MG e São Paulo. Todos marcaram apenas 15 gols em 16 jogos disputados. O único abaixo é o lanterna Náutico, com oito gols feitos. Astros do setor ofensivo alvinegro, como Alexandre Pato, comprado por R$ 40 milhões, e Emerson Sheik, heroi do título da Libertadores no ano passado, vivem má fase e vem sendo questionados por parte da torcida.

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