terça-feira, 6 de agosto de 2013

Estilo combativo e forte marcação viram trunfos do Timão no clássico

Tite Técnico Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr / Agência Corinthians) 
Tite, técnico do Corinthians, em treino no CT
 
O Corinthians está no grupo dos visitantes mais incômodos do Campeonato Brasileiro. Dos 17 pontos conquistados pela equipe até aqui na competição, oito foram fora de casa. O técnico Tite tem uma explicação para a estatística positiva: o estilo combativo do Timão e o fato de todos os jogadores marcarem, do lateral ao atacante. Nesta quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília), na Vila Belmiro, o Timão tenta “beliscar” mais pontos contra o Santos, para, enfim, entrar no G-4.

No último domingo, a força do Heriberto Hulse, estádio onde o Criciúma conquistou 90% dos seus pontos, foi neutralizada com naturalidade pelo Corinthians. Objetivo, o time abriu 2 a 0 ainda no primeiro tempo e controlou o jogo de ponta a ponta. Atualmente, dos 20 clubes do Brasileirão, apenas Internacional, Bahia e Atlético-PR são melhores que o Timão como visitantes. A instabilidade alvinegra no início do torneio decorreu de tropeços em casa (duas vitórias, três empates e uma derrota em seis jogos).

Eu aprendi no futebol que temos de deixar um dia após o outro. Deixa o jogador trabalhar, o departamento médico, de fisiologia. Deixa o atleta ver se sente bem"
Tite
 
Se por um lado o atacante Alexandre Pato já era desfalque para o jogo contra o Santos antes do confronto em Santa Catarina, devido a um edema ósseo, por outro Emerson recebeu o terceiro cartão amarelo nos minutos finais e também está fora. A suspensão de Sheik não irritou Tite. Pelo contrário: ele defendeu o jogador, e justificou sua suspensão dizendo que a jogada não foi desnecessária.

Pato, por exemplo, já havia ouvido conselhos do técnico para se adaptar ao estilo de jogo do time. Tite liberou o camisa 7 até mesmo para fazer mais faltas e tomar mais cartões, em prol da equipe e dele mesmo, para ampliar a concorrência no setor ofensivo. Sua ausência para recuperação de novo problema físico, que pode durar até 10 dias, foi deixada de lado pelo comandante no importante momento vivido pelo Timão no Brasileiro.

– Eu aprendi no futebol que temos de deixar um dia após o outro. Deixa o jogador trabalhar, o departamento médico, de fisiologia. Deixa o atleta ver se sente bem. Vamos com um por vez – desconversou.

A equipe conta com o melhor desempenho defensivo do Campeonato Brasileiro neste momento. Foram apenas cinco gols sofridos em onze rodadas. Porém, o técnico se nega a elogiar apenas a zaga e o goleiro. A “culpa”, neste caso, é do time todo, já que a pressão sobre o adversário começa na saída de bola, com os atacantes alvinegros.

– O desempenho não é da defesa, mas da equipe que se defende. Quem vê a primeira linha de marcação, o que faz Danilo, Emerson... Às vezes você o risco de tomar um cartão para roubar a bola. Nosso time é assim. Isso está acima do resultado – argumentou.

Além do estilo de jogo, o Corinthians ainda tem outro trunfo para o clássico na Vila Belmiro: o momento positivo. Embalado por duas vitórias consecutivas no Brasileirão – série até então inédita – a equipe enfrentará um Santos que fará seu primeiro jogo após a histórica goleada por 8 a 0 sofrida em Barcelona. Na única vez em que visitou o estádio do rival da Baixada neste ano, pelo segundo jogo da final do Paulistão, o Timão levantou a taça estadual após empate por 1 a 1.

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