O tema, indiscutivelmente, está longe de ser prioridade. As dezenas de
jornalistas presentes na sala da imprensa do Centro de Treinamento do Chelsea,
em Cobham, na região metropolitana de Londres, estavam muito mais
interessados nas polêmicas envolvendo casos de racismo em jogos do clube
na última semana. Até mesmo o confronto com o Swansea, neste sábado,
foi deixado de lado. Mas o Mundial de Clubes foi colocado em pauta pela
primeira vez no clube inglês. E Roberto Di Matteo se apressou em chutar
para longe qualquer teoria de que não se importa com a competição.
Simpático, o italiano foi até mais longo do que o costume em suas
respostas e ressaltou quão rara é a chance de vencer a disputa no Japão.
Mesmo deixando claro que o assunto ainda não é discutido com veemência
nos bastidores, RDM – como é chamado pela imprensa inglesa – apontou o
Mundial como a consagração de uma trajetória que começou em março,
quando substituiu André Villas-Boas, e já rendeu aos Blues os títulos da
Copa da Inglaterra, da Liga dos Campeões e a liderança provisória do
Campeonato Inglês.
Roberto Di Matteo: 'Nos importamos muito com essa competição, sim'
- Nos importamos muito com essa competição, sim. Ainda temos seis
semanas pela frente e não falamos muito sobre isso, mas nosso
planejamento e organização são para estarmos bem quando chegarmos ao
Japão. É uma oportunidade única em nossas vidas, trata-se de um processo
longo.
Temos que nos preparar, vencer a Champions League e só depois
ter essa chance de disputar o Mundial.
Não tenho dúvidas de que os clubes brasileiros estão mais fortes do que no passado."
Roberto Di Matteo
Questionado pelo GLOBOESPORTE.COM sobre o que conhece do Corinthians,
possível adversário na decisão do dia 16 de dezembro, Di Matteo foi
evasivo ao falar especificamente do Timão, mas demonstrou conhecimento
sobre o atual momento do futebol brasileiro e previu dificuldades.
- O Corinthians é um time muito forte. A liga brasileira em si tem
melhorado e se tornado mais forte a cada ano. Acredito que isso tem
muito a ver com a economia, que cresceu bastante nos últimos cinco, seis
anos. Assim, os clubes podem segurar grandes jogadores, e eles não vêm
tão rápido para o exterior como antes. Não tenho dúvidas de que os
clubes brasileiros estão mais fortes do que no passado.
O Chelsea estreia no Mundial de Clubes na semifinal, no dia 13 de
dezembro, contra o vencedor do jogo entre Monterrey, do México, e o
campeão asiático. O último compromisso antes da viagem para o Japão
acontece cinco dias antes, 8, contra o Sunderland, fora de casa, pela
Premier League.
Nenhum comentário:
Postar um comentário