Poucas horas depois de Mano Menezes ser demitido da Seleção Brasileira,
a diretoria do Corinthians se apressou para garantir a permanência do
técnico Tite.
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, no CT Joaquim Grava, o
diretor de futebol Roberto de Andrade disse que só liberará o treinador
caso a Confederação Brasileira de Futebol ou o comandante pague a multa
rescisória.
Tite, durante treino do Corinthians, no CT Joaquim Grava
Tite renovou recentemente o contrato com o Timão até o encerramento da
temporada 2013. Não há no vínculo nenhuma cláusula que o deixe livre do
compromisso caso seja convidado para assumir a Seleção. A multa é
referente ao tempo do acordo, cerca de R$ 5 milhões.
– O contrato está firmado até dezembro de 2013, e ele vai cumprir. Não
existe cláusula nenhuma que o libere e não vamos liberar. Todo contrato
tem uma multa. Estou falando pelo Corinthians e não pelo Tite. Foi uma
posição minha querer falar. Estou dando a palavra oficial do clube –
afirmou Andrade.
O dirigente, porém, não descartou se reunir com o treinador caso ele
seja convidado pela CBF. Entretanto, não quer que o assunto entre em
pauta no clube nas próximas semanas em virtude da disputa do Mundial de
Clubes, em dezembro, no Japão. A delegação alvinegra viaja no dia 4 para
o Oriente. Curiosamente, o presidente da CBF, José Maria Marin, será o
chefe da delegação.
– Conversar não tem problema. O que não podemos é tratar de um assunto
só na hipótese de ele ser convocado. Temos de seguir o trabalho, temos
um objetivo importante. Tenho certeza de que o Tite vai cumprir todas as
metas. Se o convite surgir, talvez nós conversemos. Mas a posição do
Corinthians é não liberar o treinador para trabalhar na Seleção
Brasileira.
Roberto de Andrade, diretor de futebol do Timão
A possibilidade de perder Tite não agrada em nada a cúpula do futebol
do Timão. O clube cederia o segundo treinador consecutivo para a Seleção
Brasileira. O temor é de que a equipe volte a passar por um momento
instável, como aconteceu na saída de Mano Menezes. Adilson Batista
assumiu, mas foi demitido ainda durante o Brasileirão de 2010.
– Isso (liberação) tem um custo ao clube. Não é bem financeiro, é um
custo de mudar o comando. Desta vez, o Corinthians não vai abrir mão
disso e vai exercer o contrato até o final.
Poucas horas antes, Tite conversou rapidamente com o repórter Fábio
Seródio, da Rádio Jovem Pan. Ao ser questionado se aceitaria o convite
da CBF, disse:
– Que papai do céu me ilumine!
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