Tite, técnico do Corinthians
O empate entre Corinthians e Santos, neste sábado, no Pacaembu, pelo
Campeonato Brasileiro, ficou em segundo plano na entrevista coletiva do
técnico Tite.
O treinador teve de responder a uma série de perguntas sobre a
possibilidade de assumir a Seleção Brasileira, mas evitou entrar em
detalhes. Ele não quer falar sobre o assunto até receber um proposta
oficial da CBF e garante que a cabeça está focada apenas no Mundial de
Clubes.
– Eu não tenho convite nenhum. Tenho a maior oportunidade da minha
vida. Se o Corinthians não tinha uma Libertadores, eu ajudei a
conquistar. O Corinthians tem um Mundial, mas eu não tenho. Não vou
ficar desviando e ficar pensando em uma possibilidade. Construí minha
vida esperando esse momento. Vou ficar focado – afirmou.
A diretoria do Corinthians bate o pé e garante que não liberará o
comandante. Na sexta-feira, horas depois da queda de Mano Menezes, o
diretor de futebol Roberto de Andrade disse que o treinador só sairia se
alguém pagasse a multa para romper o contrato, com validade até o fim
de 2013. O valor ultrapassa os R$ 5 milhões. Tite prefere não comentar
se pediria a liberação.
– Eu não posso falar em termos hipotéticos. Tive um convite de outras
equipes e não abri conversa. Nunca falei isso a vocês (jornalistas), mas
é um fato real. Eu e mais 15 técnicos podem responder essa pergunta.
Preciso ter muito cuidado. É um orgulho para todo profissional ser
lembrado, é a nossa pátria.
Enquanto tentava driblar as perguntas sobre o cargo, o técnico admitiu
que se sente lisonjeado por ter o nome cogitado para a função. O
treinador conquistou o título brasileiro de 2011 e a Libertadores de
2012 pelo Timão, fazendo a carreira decolar.
– Eu fico muito feliz com o reconhecimento. Eu não sou falso humilde.
Isso me deixa contente, é o reconhecimento do trabalho, que vem
associado à conduta. Eu sou um cara que procura fazer as coisas
corretas. Eu dirigi time de fábrica, que os jogadores chegavam às 6h,
comiam pão com mortadela e iam para o treino. Todos os técnicos do mundo
queriam esse reconhecimento. Mas paralelamente tem o mais importante da
minha vida. Agora é o cume da montanha e a bandeira do Corinthians pode
ser cravada de forma extraordinária.
Sobre o empate com o Santos, comentou:
– Fizemos um baita primeiro tempo. É que o futebol não se traduz
rendimento em resultado. Voltamos no segundo tempo e produzimos até
menos, mas mantivemos o desempenho. Temos de saber jogar com essa
pressão de resultado, com o aspecto emocional de sair de trás. A equipe
não se expôs e esteve perto de virar o placar.
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