quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Juiz decide se utilizará bola inteligente antes de cada jogo no Mundial


Segundo Valcke (foto), sistemas só serão utilizados se o juiz tiver plena confiança no equipamento Foto: Getty Images
Segundo Valcke (foto), sistemas só serão utilizados se o juiz tiver plena confiança no equipamento
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, deu maiores detalhes nesta quarta-feira sobre o uso da tecnologia no auxílio à arbitragem no Mundial de Clubes. Dois sistemas estarão em teste para mostrar se a bola cruzou ou não a linha do gol, mas só serão utilizados se o juiz sentir firmeza no equipamento.

"Noventa minutos antes de cada jogo, o árbitro vai testar o sistema. Baseado nesse teste, ele decidirá se vai usá-lo ou não. É assim que vai ser para sempre, o juiz toma a decisão final. Se ele tem alguma dúvida, por qualquer razão, tem o direito de não usar. O árbitro é a pessoa mais importante no processo", disse o dirigente.

Embora tenha chamado a tecnologia de "revolução", Valcke deixou claro que ela se limita a lances de dúvida na linha do gol. Não está nos planos da Fifa implantar sistemas que auxiliem o árbitro em outras jogadas, já que a ideia é "não mudar a velocidade, o valor ou o espírito do jogo".

A discussão em torno da questão se ampliou após a última Copa do Mundo, na qual um claro gol da Inglaterra contra a Alemanha não foi validado. Nove companhias enviaram seus sistemas para a Fifa, que pré-aprovou dois deles para o Mundial. O primeiro teste será nesta quinta, no jogo entre Auckland City e Sanfrecce Hiroshima.

"Será um grande dia, a primeira vez que a tecnologia será utilizada oficialmente em um jogo. Será um dia importante, porque vamos usar um dos dois sistemas na Copa das Confederações do próximo ano", comentou Valcke, minimizando o alto custo de implantação do Hawk-Eye e do GoalRef.

"Haverá outras companhias no mercado no futuro. O preço vai baixar. É caro neste momento, mas não será caro para sempre. Pensem no custo da TV de plasma há alguns anos e vejam como o preço baixou desde então", acrescentou o secretário-geral, certo de que os resultados serão bons. "Não pode haver erros. Levou-se dois anos para que se tivesse a certeza de que o sistema era perfeito."

Terra

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