
Cléber, durante o treino de terça, em Mogi Mirim
O zagueiro Cléber foi o destaque da Ponte Preta no Campeonato Paulista
deste ano. Após chamar a atenção da diretoria do Corinthians justamente
pelas boas atuações no estadual, o jogador foi levado ao Parque São
Jorge, em uma negociação que se transformou em uma novela no início do
segundo semestre. Após meses de ansiedade, ele poderá, enfim, estrear
com a camisa do Timão nesta quarta-feira, às 21h50m (horário de
Brasília), contra o Bahia, no estádio Romildo Ferreira, em Mogi Mirim.
Tite vinha optando por Felipe como primeira opção entre os substitutos
dos titulares Gil e Paulo André. Desta vez, o comandante não terá nenhum
dos dois: o primeiro foi expulso na derrota por 4 a 0 para a
Portuguesa, no domingo, enquanto o segundo recebeu o terceiro cartão
amarelo. Assim, Cléber começará o jogo em Mogi. E vestindo a camisa 3,
herdada de Chicão, negociado com o Flamengo.
Apresentado no fim de julho, Cléber deu claros sinais de ansiedade e
satisfação desde que chegou ao Corinthians. Chamado de mercenário pela
maior parte da torcida da Ponte Preta, que se revoltou com a sua saída, o
defensor se disse "mais um louco do bando" para o Timão. E passou dois
meses adquirindo experiência dentro do esquema tático de Tite para,
enfim, fazer sua estreia.
O negócio com o Corinthians quase melou quando a diretoria corintiana
descobriu o envolvimento do empresário Renato Duprat em um fundo de
investidores que participaria da negociação. Duprat é ex-agente da MSI,
grupo que controlou o Timão na metade da década passada, e pessoa vista
com muitas restrições pela diretoria corintiana. O empresário responde a
acusações de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O clube vetou
sua participação no negócio, e a entrada do grupo DIS foi decisiva para
a transferência dar certo.
O momento para o primeiro jogo de Cléber passa longe de ser dos
melhores. Quando o jogador chegou, a "lua de mel" com a torcida ainda
era nítida. O Corinthians havia acabado de conquistar a Recopa, seu
segundo título nesta temporada, e vivia boa fase. O tempo passou e o
zagueiro vai entrar em uma equipe que vive um jejum de oito partidas sem
vitória e se encontra claramente pressionada por todos os lados, da
Fiel à diretoria, que quer o fim da sequência negativa para já.
Preocupado com o entrosamento entre seus zagueiros reservas, Tite
dedicou boa parte do único treinamento no estádio Romildo Ferreira ao
posicionamento defensivo, especialmente para contra-ataques e jogadas
aéreas. O técnico vem ressaltando a dificuldade para dar sequência para a
sua equipe titular, e a tendência é que tanto Cléber quanto Felipe
voltem para o banco de reservas contra o Atlético-MG, no domingo.

Pato e Cléber serão titulares nesta quarta, em Mogi Mirim
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