Tite e o goleiro Cássio, em treino do Corinthians
O Boca Juniors pode ter números invejáveis na história da Taça
Libertadores, mas o Corinthians contará no banco de reservas com alguém
capaz de enfrentar o poder azul e amarelo. Tite, técnico que virou
estrela no comando de uma equipe de operários, nunca perdeu para
argentinos em duelos de mata-mata nos torneios da América do Sul.
Já contabilizando a primeira partida das finais, na Bombonera, na
última semana, o treinador encarou os “hermanos” em 11 partidas de Copa
Mercosul, Copa Sul-Americana e Taça Libertadores. O desempenho é para
animar a Fiel na partida desta quarta-feira, a partir das 21h50m, no
Pacaembu: foram oito vitórias e três empates.
Pelo Grêmio, o primeiro grande clube da carreira, Tite enfrentou os
argentinos em 2001, pela Mercosul. Na fase de grupos, obteve vitórias
por 4 a 2 e 1 a 0 sobre o River Plate. Já nas quartas de final, encarou o
Talleres, com um empate sem gols e um triunfo por 2 a 0 – a eliminação,
porém, veio na fase seguinte diante do Flamengo.
Em todas as minhas participações contra argentinos eu venci"
Tite
Os confrontos seguiram na temporada seguinte, mas pelas oitavas da
Libertadores. O Tricolor Gaúcho voltou a ter o River pelo caminho e
novamente passou: vitória por 2 a 1, em Buenos Aires, e uma
classificação em grande estilo com a goleada por 4 a 0, no Olímpico. O
título não se perdeu pelo caminho. A equipe foi eliminada nas semifinais
pelo Olimpia.
Tite só voltou a duelar contra os argentinos em 2008, pela Copa
Sul-Americana, dirigindo o Internacional. Nas quartas de final, encarou o
Boca, o bicho-papão das competições na América do Sul. Mas, desta vez, o
vizinhos não levaram vantagem. O Colorado venceu por 2 a 0, no
Beira-Rio, e sacramentou a vaga com um triunfo por 2 a 1, na Bombonera.
O título, único de um brasileiro no torneio, veio diante de mais um
clube da Argentina, agora o Estudiantes. Na primeira partida, vitória
colorada por 1 a 0, ficando bem próximo da conquista, que foi confirmada
com uma igualdade por 1 a 1, em Porto Alegre.
Tite fala com orgulho do histórico, mas não quer fazer nenhuma ligação
com as vitórias anteriores. Aliás, um triunfo por qualquer diferença de
gols dá ao Corinthians e ao treinador o inédito título da Libertadores.
– Em todas as minhas participações contra argentinos eu venci. O
Estudiantes estava 49 jogos invicto e nós ganhamos com dez jogadores em
campo. Mas, agora, Boca e Corinthians vão escrever a história –
desconversou.
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