Orion é considerado um dos melhores goleiros do futebol argentino no
momento, e já tem história na Taça Libertadores. Em 2009, ele defendia a
meta do campeão Estudiantes. Um dos trunfos do Boca Juniors para vencer
o Corinthians no Pacaembu é a experiência de alguns jogadores. Orion é
um deles. Experiência, inclusive, na situação que a equipe vive depois
da primeira partida.
Orion em ação contra o Fluminense, na Libertadores
O empate por 1 a 1 na Bombonera, quarta-feira passada, obriga o Boca a
derrotar o invicto Timão fora de casa, ou então forçar um novo empate
para levar a decisão aos pênaltis. Situação idêntica à que ele viveu há
três anos, também contra um brasileiro. O empate com o Cruzeiro, em La
Plata, por 0 a 0, deixou a torcida do Estudiantes desconfiada em
relação ao título.
No Mineirão, a situação se agravou ainda mais quando Henrique, hoje no
Santos, abriu o placar para o time azul. Eis que o Estudiantes,
começando por Orion, renasceu quando menos se esperava. Virou o jogo,
com gols de Gastón Fernández e o artilheiro daquela edição, Boselli.
Exemplo que serve demais para manter acesa a chama argentina na luta
pelo heptacampeonato.
- Infelizmente não conseguimos ganhar em casa, mas podem ter certeza de
que vamos redobrar os esforços para vencer no Brasil - avisou Orion.
Na opinião do jogador, o Corinthians não vai mudar seu estilo de jogo
no Pacaembu. Seguirá sendo um time fechado, bem postado e compacto, à
espera de um vacilo da zaga argentina. Se ele não for vazado em 90 ou
120 minutos, garante o Boca pelo menos na decisão por pênaltis,
dependendo de seu ataque para conquistar o título.
Orion assegura que a equipe está bem fisicamente e comemora a semana
sem jogos entre as duas finais. Ele não admite ver seu time entrando em
campo para empatar.
Orion, com Veron e Guiñazú, quando defendia o Estudiantes de La Plata
Mesmo tendo chegado ao Boca somente há um ano, o goleiro já é uma das
referências da torcida. Aos 30 anos, juntou-se a Riquelme, Schiavi e
Clemente Rodríguez, trio de veteranos que toma a frente de tudo na
equipe. Quando entra para se aquecer no estádio lotado, Orion ouve
aplausos e gritos inflamados da arquibancada.
A liderança também fez com que o goleiro se manifestasse publicamente a
favor do técnico Julio César Falcioni. Depois do empate na primeira
final, afloraram boatos de que o comandante não tinha bom relacionamento
com os jogadores, principalmente Riquelme. Orion não só negou, como
ressaltou o “grande mérito” do comandante no título argentino do ano
passado e no fato de terem chegado às finais da Libertadores e da Copa
Argentina em 2012.
- Poucas equipes conseguiriam esse feito, mas obviamente temos de
coroar agora. Em uma equipe como o Boca Juniors, o objetivo supremo é
sempre ganhar.
Quando foi campeão sul-americano em 2009, Orion já havia disputado a
Copa América de 2007, como terceiro goleiro. Agora, tem conquistado
espaço também na seleção argentina comandada por Alejandro Sabella, seu
técnico no Estudiantes. Em 2011, sofreu seis gols em 19 jogos e bateu um
recorde histórico na temporada local.
Campeão, convocado, líder e recordista. São os requisitos de Orion para
frear o Timão e sair do Pacaembu com sua segunda medalha de campeão da
Libertadores.
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