Aos 32 anos de idade, o colombiano Wilmar Roldán viveu a noite mais
importante de sua vida enquanto árbitro. Foi ele que teve a
responsabilidade de conduzir a final da Taça Libertadores, vencida pelo
Corinthians na noite desta quarta-feira: 2 a 0 sobre o Boca Juniors, no
Pacaembu. Roldán conseguiu segurar os ânimos dos atletas numa partida
tensa e, no fim das contas, deixou o gramado com uma boa atuação, sem
decisões polêmicas ou contestadas.
Pouco antes do apito inicial, ao comentar a expectativa para a partida,
o comentarista de arbitragem Arnaldo Cézar Coelho disse acreditar num
bom desempenho de Wilmar Roldán.
- É um árbitro jovem, 32 anos, e tem tudo para apitar bem. Por quê?
Porque é enérgico, disciplinador e corre bastante - analisou.
O árbitro Wilmar Roldán observa Jorge Henrique e Caruzzo
O primeiro tempo da partida não teve grandes polêmicas de arbitragem.
Coube a Roldán aparecer na parte disciplinar. Logo aos 4 minutos, Chicão
e Mouche trocaram empurrões. O árbitro tomou as rédeas da situação com
um cartão amarelo para cada jogador.
Apesar de contestar uma ou outra falta que Roldán deixou de marcar nos
primeiros 45 minutos, Arnaldo considerou boa sua participação na etapa
inicial. Ressalva apenas para o auxiliar que acompanhava o ataque do
Boca Juniors. Ele por duas vezes anulou corretamente jogadas do time
argentino por impedimento, mas demorou muito a levantar a bandeira.
- É a segunda vez que ele levanta a bandeira com muito atraso,
esperando a bola chegar. Esperar para quê? Levanta logo a bandeira e
marca. Parece que ele está com fome ou que está cansado - disse Arnaldo.
No início do segundo tempo, o jogo ficou pegado. Roldán, que mostrara
três cartões amarelos em todo o primeiro tempo, aplicou a mesma
quantidade nos 13 primeiros minutos. Arnaldo acredita que, em ao menos
um deles (falta dura de Schiavi), a punição poderia ser mais pesada.
- Isso é futebol? Foi um pontapé! Se o juiz desse um vermelho... Não dá
porque é decisão, mas foi um pontapé - lamentou Arnaldo.
O primeiro gol corintiano mereceu uma explicação do comentarista de
arbitragem. Após passe de Danilo, Emerson recebeu e bateu para estufar a
rede. Houve jogador do Boca levantando a mão para pedir impedimento do
Sheik, que não existiu.
- Tinha um impedido, que era o Paulinho, mas a bola foi para o Emerson. Portanto, o gol foi legal.
Com o Corinthians em vantagem e o Boca pouco atacando, coube a Wilmar
Roldán segurar os ânimos. Após o segundo gol corintiano, Emerson e
Caruzzo trocaram provocações praticamente até os acréscimos, quando o
Sheik foi substituído. Roldán soube acalmar os atletas e levou a partida
até o apito final sem expulsões ou decisões polêmicas.
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