André, em posição irregular, marca para o Santos
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momento decisivo38 minGol da vitória
Bruno Rodrigo sobe muito em cobrança de escanteio e coloca no canto esquerdo de Cássio, que nem se mexe. Delírio na Vila com a vitória do Peixe. -
nome do jogoAndréArtilheiro
Em sua segunda partida no retorno ao Santos, não teve atuação brilhante, mas fez os dois gols da virada e reativou as danças com o parceiro Neymar. -
arbitragemTrês errosEmerson Augusto de Carvalho
Assistente conseguiu errar três vezes no segundo gol do Santos. Bruno Rodrigo, Durval e André estavam impedidos, mas ele não levantou a bandeira nenhuma vez.
Mais de 12 mil pessoas saíram de suas casas num início de tarde
ensolarado com destino à Vila Belmiro e uma dúvida na cabeça: ver o
clássico entre os úlitimos ganhadores da Libertadores, do atual
tricampeão paulista contra o atual campeão nacional, ou de equipes que
lutam para ficar entre os dez primeiros colocados do Campeonato
Brasileiro? Sorte de quem arriscou! Santos e Corinthians fizeram um
ótimo clássico. Não faltou nenhum ingrediente na vitória santista por 3 a
2.
Gols, viradas, dribles, discussões, sangue... Uma pena que a palavra
"justiça" será sempre questionada graças ao bizarro erro do assistente
Emerson Augusto de Carvalho, que ignorou impedimento triplo, de Bruno
Rodrigo, Durval e André, no segundo gol do Santos, marcado pelo
centroavante.
Em realidades distorcidas graças aos inúmeros desfalques do Santos
durante o primeiro turno e o foco do Corinthians no Mundial, já que tem
vaga na Libertadores de 2013 garantida e está longe do líder
Atlético-MG, as equipes deixaram a sensação de que estão muito aquém do
que poderiam na tabela. O time de Tite, como de costume, se destacou
pela parte coletiva, foi melhor no primeiro tempo, mas sentiu os
desfalques e caiu de rendimento.
Os comandados de Muricy voltaram a fazer diferença no lado individual,
principalmente Neymar e Arouca, e, mais adiantados, foram melhores no
segundo tempo. Os gols devolveram ao Peixe aquilo que vinha faltando nos
últimos tempos: a alegria, a leveza, uma certa irresponsabilidade
traduzida em danças de Neymar e André.
Embalado pelas duas vitórias consecutivas após a volta de Neymar, o
Santos terá uma semana importante. Na quarta-feira, pega a Universidad
do Chile, em Santiago, na primeira partida da decisão da Recopa. No
sábado, terá pela frente o Palmeiras, em outro clássico fundamental para
quem ainda busca uma vaga na Libertadores do ano que vem. Já o
Corinthians descansa até o próximo domingo, quando receberá o São Paulo
no Pacaembu, na tentativa de manter a supremacia dos últimos anos sobre o
rival.
Paulinho sofre com a marcação dupla de Arouca e Bruno Peres
Início melhor para o Timão...
Gols anulados, grandes defesas, discussões e até sangue no rosto. Os
ingredientes da primeira etapa foram dignos, sim, de dois times campeões
da Libertadores. Alternância de poder em campo. O Peixe tinha de volta o
quarteto que encantou o país há dois anos: Arouca, Ganso, Neymar e
André. Com eles, tentou sufocar logo no início e o centroavante, em sua
segunda partida após o retorno ao clube, quase abriu o placar ao desviar
chute de fora da área. Sorte de Cássio que a bola se arrastou,
fraquinha, até suas mãos.
A diferença do Santos de 2012 para o de 2010 é que em vez do veterano
Robinho, que era quase um coadjuvante de luxo, agora quem complementa o
setor de ataque é o jovem argentino Patito Rodriguez. Pela direita, ele
mais escorregou do que conseguiu criar lances de perigo. E o Timão foi
se tornando dono da casa.
Rafael se chocou com Bruno Rodrigo e levou a pior
Em poucos minutos, o Corinthians fez com que todos se lembrassem do
domínio absoluto que teve na semifinal da Libertadores, quando venceu
por 1 a 0. Mas também havia uma diferença. Sheik, autor daquele golaço,
não esteve em campo. Em seu lugar, Romarinho teve espaço para deitar,
rolar e chutar. Sorte dos Brunos, Peres e Rodrigo, que Rafael impediu
dois gols do herói da Bombonera.
O goleiro do Peixe deu sangue, literalmente, pelo time. Um corte no
supercílio fez sua cara ficar vermelha - resultado de um choque com o
zagueiro Bruno Rodrigo. E vermelho de raiva ele ficou quando Douglas, em
ótima tarde, cobrou falta na cabeça de Danilo. Sempre Danilo... Ele,
que também havia feito gol na semifinal, fez de novo. Artilheiro do
Timão na temporada, com 12 gols.
Neymar, até então, tinha atuação sem grande destaque. Mas craque é
aquele que aproveita os momentos mais raros. E como é raro o sistema
defensivo conritiano dar moleza a alguém. O atacante carregou, caminhou,
acelerou e entrou na área, só observado por quatro adversários. Livre,
rolou para André completar para o gol e dar ainda mais molho ao duelo.
Douglas tenta passar pela marcação de Durval e Bruno Peres
Melhor para o Peixe...
Neymar, Paulinho, Arouca, Danilo, Ganso, Douglas, Rafael, Cássio...
Eram tantos grandes jogadores em campo, que talvez o assistente Emerson
Augusto de Carvalho tenha ficado receoso de ser esquecido. Decidiu,
então, cometer erro grosseiro e inédito: não marcou três impedimentos no
mesmo lance, definido pelo blogueiro Márvio dos Anjos, do
GLOBOESPORTE.COM, como "impedimento triplamente qualificado": Bruno
Rodrigo cabeceou, Durval desviou e André completou para o gol, colocando
o Peixe à frente e deixou os corintianos indignados. O Tira-Teima, da
TV Globo, mostrou que havia impedimento nos três lances.
Não é comum o Timão atuar em desvantagem e tudo que o Peixe espera, com
seus jovens velozes, é ter espaço. Logo em seguida, em contra-ataque,
Arouca voltou a surpreender a defesa e exigiu boa defesa de Cássio.
Patito melhorou. Ajudou na marcação, driblou e segurou a bola no campo
de ataque. Mas foi outro argentino quem brilhou. Martínez entrou no
lugar de Danilo e reacendeu o jogo em seu único momento de leve marasmo.
A impressão era de que o Santos cozinharia o triunfo até o apito final
de Flávio Rodrigues Guerra, mas o hermano, pela esquerda, justificou sua
contratação. Entrou na área, cortou para o meio e bateu com
consciência, no cantinho.
Martínez acendeu Tite, acendeu a torcida visitante na arquibancada e
acendeu até o Santos. Ainda havia forças para nova reação? A resposta
veio da cabeça de Bruno Rodrigo, que acertou o canto esquerdo e
conseguiu o feito de deixar o gigante Cássio com os pés pregados no
chão.
As tentativas de novo empate vieram das bolas paradas de Douglas, que
não surtiram o mesmo efeito. Os corintianos vão reclamar do bandeirinha e
os santistas vão enaltecer a vitória. Para a história, fica mas um
grande confronto entre os alvinegros.
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