Pato comemora seu primeiro gol pelo Timão aos 28min do segundo tempo
Alexandre Pato
precisou dar três toques na bola para marcar seu primeiro gol com a
camisa do Corinthians. A ajeitada na bola, um chute de direita, e outro
de esquerda, certeiro. Assim como havia marcado gols em suas estreias no
time profissional do Internacional, no Milan e na Seleção. Pato e seus
cartões de visitas...
Uma tarde certamente inesquecível para ele e os mais de 33 mil
torcedores que foram ao Pacaembu e esperaram 65 minutos pela contratação
mais cara do futebol brasileiro. Valeu a pena. O Oeste foi o adversário
perfeito para uma estreia segura e que enchesse o jogador de confiança
em sua volta ao Brasil.
O sistema de som do Pacaembu ainda anunciava a escalação do Corinthians
quando a equipe subiu os degraus do vestiário para o campo. Houve tempo
para Alexandre Pato ouvir o alvoroço nas arquibancadas quando seu nome
foi anunciado. O mais aplaudido pela torcida que foi ao Pacaembu na
expectativa de ver a estreia do homem de 40 milhões de reais, e mais
esperado por repórteres, cinegrafistas e fotógrafos: eram quase 30 em
torno dele.
- Eu estava nervoso e ansioso para jogar na frente dessa torcida
maravilhosa, mas quando eu entrei eles gritaram meu nome e fiquei mais
tranquilo - revelou.
Tanto calor humano que o atacante, único a entrar no gramado de
agasalho preto, logo estava apenas com sua camisa branca, sentado ao
lado do goleiro Julio Cesar no banco de reservas. Foi com o parceiro que
Pato comemorou os dois gols de Guerrero e fez comentários, talvez
espantado com a facilidade que o time encontrava no início da partida.
Ou, talvez, pensando: podia ser eu.
Quando voltou do intervalo, já com 3 a 0 no placar, Pato também foi
alvo de gritos dos torcedores mais próximos. Aos seis minutos da etapa
final, de colete azul claro, o ex-atacante do Milan e da seleção
brasileira foi para trás do gol de Fernando Leal fazer seu aquecimento. E
depois que Sheik bateu pênalti na trave, a torcida já não mais queria
saber do jogo. Queria ver sua estrela.
- Paaaaaato... Paaaaaato!!!
Aos 20 minutos, a galera não agüentou e pediu. Bastaram três minutos
para Tite atender o bando de loucos, e chamar o reforço. Menos de um
minuto de instruções e a homenagem de Danilo, que fez um belo gol para
receber o novo companheiro, à beira do campo.
A torcida fez questão de aplaudir e gritar o nome de Guerrero, uma
espécie de “pedido de desculpas” pela insistência em Pato. O peruano
certamente entendeu. Até a zaga do Oeste pareceu determinada a
participar da festa. Na primeira bola que recebeu, ajeitou, bateu e fez
no rebote. Foi o gol mais comemorado, mais ensurdecedor na tarde
alvinegra do Pacaembu.
- Minha estreia foi muito boa. A nota geral do time foi dez, mas eu
posso melhorar muito ainda. Consegui fazer o gol, mas você vê o placar
de 5 a 0 e vê que o time todo está de parabéns. Todos aqui são estrelas -
avaliou Pato, humilde.
Apesar de ter entrado como centroavante, o jovem se deslocou em
diversos momentos para o lado direito, abrindo espaço no meio para
Sheik, mas não teve mais chances. Não fez mais nada. E nem precisava. O
placar, as luzes e o carinho da torcida já estavam no papo.
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