Tite queria ganhar menos e trabalhar mais tempo
Qualquer instabilidade em um time de futebol cai sobre os ombros do técnico. Na maioria das vezes, o comandante da equipe é quem perde o emprego após maus resultados. A cobrança em cima deles é grande, até pelo salário que recebem. Mas Tite, do Corinthians, preferiria ganhar menos e ter uma sequência maior.
Em sua última coletiva, o técnico corintiano falou sobre o aumento cada vez maior dos salários dos técnicos brasileiros. E afirmou que essa valorização, muitas vezes desmedida, tem muito a ver com a falta de tranquilidade do cargo. Para o treinador, essa dinâmica poderia ser diferente.
- Ganho mais do que merecia, mas é o preço de não ter estabilidade. Uma estabilidade maior poderia vir com um valor menor. Mas acaba que a instabilidade gera essa valorização – filosofou o comandante alvinegro.
Tudo isso ainda, no entanto, é uma utopia, um sonho. Tite gostaria que fosse diferente, mas sabe que não é. E sabe também que se não vencer o Atlético-MG nesta quarta-feira, às 21h50m, em Ipatinga, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, a pressão será grande, muito embora a campanha seja boa.
- Troco o dinheiro por estabilidade em termos de trabalho. Não sou demagogo. Queria ter a possibilidade de fazer um trabalho com começo, meio e fim, como acontece em alguns lugares da Europa. Mas ainda não estamos nesse estágio no Brasil – acrescentou o treinador do Corinthians.
Longe de ser uma unanimidade no Timão, Tite tem feito boa campanha à frente do time neste Brasileirão. Mas o que atrapalha o líder do nacional é o desempenho nas últimas seis partidas. Foram apenas seis pontos conquistados nos 18 possíveis.
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