Edu Gaspar, no embarque do Corinthians para o Rio
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) anunciou a antecipação da
janela de transferências internacionais: de 20 de junho a 20 de julho,
os clubes brasileiros poderão contratar jogadores de equipes do
exterior. O período estava previsto para o mês de agosto. A medida não
agradou o gerente de futebol do Corinthians, Edu Gaspar.
O momento de expectativa e tensão vivido pelo Timão com a Taça
Libertadores da América, título inédito e muito desejado pela torcida,
não permite que a diretoria aja com total foco sobre as transferências. O
dirigente acredita que só ao final da competição continental será
possível pensar em reforços, ainda que o período se encurte
consideravelmente.
– Para mim, a antecipação da janela não foi tão positiva. Estamos no
meio de uma Libertadores. A janela abrindo antes, fecha antes também. É
justamente agora o período que pode nos complicar, porque é muito
difícil fazer uma negociação, pelo momento que estamos vivendo. Depois
da Libertadores vamos fazer alguma coisa, mas o prazo será encurtado –
analisou o cartola. O torneio acaba somente no início de julho.
Nesta quarta-feira, o Corinthians enfrenta o Vasco em São Januário, às
21h50, pelo jogo de ida das quartas de final da Libertadores.
Experiente, Edu recomendou aos jogadores tranquilidade para superar a
pressão da casa adversária e sair com um bom resultado do Rio de
Janeiro, dando sequência ao trabalho que vem sendo desenvolvido no
clube.
– A gente tem de estar tranquilo porque o trabalho está sendo bem
feito. É óbvio que temos de ter respeito. O jogo será difícil, a pressão
será enorme, mas temos de ter tranquilidade e consciência de que as
dificuldades não vão nos abalar – recomendou.
Apesar do mau retrospecto do Timão contra adversários brasileiros na
competição continental, Edu exaltou a dimensão de um duelo entre
compatriotas nessa altura do torneio.
– Para um jogo desses, tem de ter concentração bem alta. Jogar
Libertadores contra um time brasileiro é um momento bonito, bom para
todos. Temos de ter consciência da importância desse jogo e ter cabeça
boa em São Januário.
Em cinco mata-matas contra times brasileiros, o Corinthians levou a melhor apenas uma vez:
despachou o Atlético-MG nas quartas de final da edição de 2000. O Timão
cairia na fase seguinte, para o arquirrival Palmeiras, nos pênaltis.
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